segunda-feira, 8 de junho de 2009

Cidade de Viseu (I)

No passado sábado deslocámo-nos até à bela cidade de Viseu para participar em mais um Festival de Folclore. Foi-nos proporcionada uma visita guiada pela cidade e alguns monumentos, concretamente a Sé catedral de Viseu. Ficámos encantados e disso damos conta neste pequeno excerto que retirámos da Internet.
A Sé Catedral de Viseu, domina de forma alternativa o Centro Histórico de Viseu. Nela estão quase dez séculos de história. A Catedral de Viseu é um ímpar mosaico de estilos arquitectónicos. Podemos afirmar que todas as grandes correntes artísticas nacionais ali estão presentes, nalguns casos, mesmo em expressões de inexcedível beleza.
A construção do grande edifício viria a arrastar-se por largo tempo, por efeitos adversos, por exemplo, o mortífero e devastador surto epidémico de 1310 (Peste Negra), e destruições provocadas na cidade e região por sucessivas incursões castelhanas no tempo dos reis D. Fernando e D. João I. Mesmo assim, ainda que incompleta, foi na Sé que os moradores da cidade perseguidos pelo inimigo de além fronteiras, encontraram refugio que o desbarato castelo já não lhes podia dar.
Assim, temos fundamentalmente o estilo românico-gótico, Gótico, Manuelino, Renascentista, Barroco e também a modernidade, na arrojada expressão do novo altar mor. A actual Catedral de Viseu é um edifício gótico, fortificado, dos séculos XIII-XIV, ao qual diversas obras das centúrias seguintes deram a fisionomia inconfundível que, nos nossos dias, apresenta. A Sé de Viseu é um monumento de “nobres proporções”, notável entre os seus congéneres portugueses.
Internamente é uma igreja de três naves, divididas em três tramos e um transepto, havendo para além deste uma profunda capela-mor levantada no séc. XVII para substituir a capela-mor românica que o tempo de Grão Vasco enchera de belíssimas pinturas. Os arcos divisórios são apoiados em grossos pilares, formados porfeixes de doze colunelos, assentes por sua vez, em largas bases manuelinas, modificadas na Grande Vacância de 1720-1741.
Uma das mais originais abóbadas construídas em Portugal cobre as três naves desta igreja-salão. Mandou-a edificar o bispo D. Diogo Ortiz de Vilhegas que foi do Conselho do Rei, ficando terminada em 1513. Oferece uma impositiva imagem de gigantescas cordas que se atam num vigoroso nó central, alusão fácil à epopeia dos descobrimentos que então se vivia. É a Abóbada dos nós. A abóbada que suporta o coro alto deve-se sem dúvida ao arrojo de João de Castilho, grande mestre dos Jerónimos.
O retábulo da capela-mor, joanino, é preciosíssima obra do arquitecto de Lisboa, Santos Pacheco, sendo do séc. XVIII também os altares colaterais que receberam excelente imaginária atribuída à oficina de Claude Laprade A Sacristia, de D. Jorge de Ataíde, é um verdadeiro núcleo museológico com o seu revestimento azulejar e a pintura do tecto.
Na fachada exterior, as duas torres lembram o românico original, mas apenas a torre da direita vem do tempo Dionísio da fundação, o séc. XIII. A outra foi levantada do chão no séc. XVII. Havia sido derrubada em 1635 por um fortíssimo temporal que fez arrastar com ela a fachada manuelina, de uma grande beleza, como escreveu o cronista da cidade, Botelho Pereira, em 1630. Depois disso o arquitecto salamantino João Moreno levantou com sobriedade a presente fachada que sugere retábulo maneirista de três balcões sobrepostos, em cujos nichos laterais se resguardam os quatro evangelistas, S. Marcos, S: Lucas, S. João e S. Mateus, deixando ao centro a Senhora da Assunção e S. Teotónio

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