domingo, 8 de novembro de 2009

Farol da Barra de Aveiro (parte II)

Reza assim, na parte que nos diz respeito, como se lê na revista "Arquivo do Distrito de Aveiro", em artigo assinado por Francisco Ferreira Neves:
" Há por bem sua majestade el-rei (D. Pedro V) ordenar que o director das obras públicas do distrito de Aveiro, de combinação com o capitão daquele porto, e com o director-maquinista dos faróis do reino, trate de escolher o local nas proximidades da barra que for mais próprio para a construção de um farol, devendo o mesmo director, apenas se ache determinado o dito ponto, proceder, de acordo com o referido maquinista, à confecção do projecto e orçamento da respectiva torre com a altura conveniente para que a luz seja vista a dezoito ou vinte milhas de distância.
Sua majestade manda, por esta ocasião, prevenir o sobredito funcionário de que encomendará em França, para ser estabelecido no mencionado local, um farol lenticular de segunda ordem, do sistema de Mr. Fresnel, e semelhante ao que se destina ao Cabo Mondego, cujo desenho se lhe envia, com a diferença, porém, de ser girante para o distinguir dos faróis que lhe ficam ao norte e ao sul daquele porto"
A Barra de Aveiro tinha sido aberta em 1808 e eram conhecidos os riscos que ela oferecia à entrada das embarcações, "com prejuízos que podem resultar à humanidade e ao comércio", como se sublinha na referida portaria.
No mesmo artigo de Francisco Ferreira Neves, lembra-se que a comissão nomeada para a determinação do local em que deveria ser construído o farol deu o seu trabalho por concluído em 11 de Julho de 1858. Entretanto, os naufrágios sucediam-se entre o Cabo Mondego e a Foz do Douro, "por falta de sinalização luminosa nesta parte da costa marítima".
(Continua)
Artigo da autoria do Prof. Fernando Martins e publicado no Livro do XXII Festival de Folclore, realizado em 8 de Julho de 2006.

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