segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Indumentaria da Mulher da Gafanha

Agora que a época Folclórica acabou, vamos voltar a transcrever alguns textos publicados sobre a nossa região. Desta vez sobre a indumentária da mulher na Gafanha, texto este retirado da Monografia da Gafanha do Padre João Vieira Rezende.

Digamos também alguma coisa sobre as fases por que tem passado a moda, no que diz respeito ao vestuário rudimentar dos povos da Gafanha. Ao extravagante e ridículo da moda, que os alfaiates de Paris têm lançado no mercado do mundo inteiro, não pode subtrair-se também a mulher moderna da Gafanha, que tem sido sua escrava, sujeitando-se com agrado às suas oscilações e caprichos. A rapariga da Gafanha está hoje a competir com raparigas de outras terras, nesta questão da moda, e se noutros tempos era vaiada fora da terra com epíteto de Gafanhoa pelo seu desajeitado vestir, hoje já não passará por essa humilhação, porque as iguala quando as não ultrapassa. Deixemos por agora a modernizada rapariga da Gafanha, toda entregue a esses tolos devaneios da sua fantasia, incendida pela moda amoral que veio da fora, e digamos alguma coisa sobre a arcaica indumentária das suas ascendentes, cheias de dignidade e de veneração. Nesta resumida exposição vamos seguindo as informações que nos foram fornecidas por pessoas de idade mais provecta.

Chapéu
O primeiro tipo de chapéu de que temos noticia é o Chapéu de Presilha e de abas tão largas que, para não desabarem sobre os ombros, tornou-se necessário segurá-las ou prende-las com fitas ou presilhas que, partindo do rebordo das mesmas abas, as iam segurar à copa exteriormente e em toda a volta dela. Colocado sobre uma mesa de tamanho regular, este chapéu ocupava-a totalmente.
Chapéu de presilha

Boas leituras.

Até breve.

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